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Conheça o Dolby Atmos Music - Parte 1

Vamos começar por uma pergunta de resposta óbvia: você gosta de qualidade? Claro que sim! Então vamos conversar um pouco sobre Dolby Atmos, a novíssima tecnologia desenvolvida pela Dolby Labs e disponível para streaming nos aplicativos Apple Music, Amazon Music e Tidal.


 

Pra você que não conhece a Dolby Labs, é uma das melhores empresas fornecedoras de compressão e descompressão de áudio que existe, mas que até 2020, fornecia seus produtos apenas para o mercado audiovisual, especialmente para o cinema.


A Dolby Labs sempre foi a grande responsável por fazer aquela música que você já cansou de ouvir, soar simplesmente incrível em uma sala de cinema. Não é o sistema de som do cinema que é excelente, na verdade é o arquivo que ele reproduz que é maravilhoso, no caso um arquivo de áudio Dolby.


Você pode ainda sentir essa diferença caso você tenha um home-theater em casa - nem precisa ser de qualidade top de linha - ao escutar uma música dentro de um filme, ou mesmo ao assistir um filme, o áudio do seu home-theater parece muito melhor do que quando você estuca uma música em stereo, seja ela de um cd, pendrive em wav, ou qualquer outro modo de reprodução de música, como youtube, streaming, etc. Novamente afirmo: tudo isso é graças a Dolby Labs.


Quase todos os dispositivos que reproduzem audiovisual, especialmente home-theaters vêm com algum decodificador original Dolby. As marcas pagam por essa patente e ele vem já incorporado no seu sistema sem a necessidade de fazer nada.

 
Porque a Dolby oferece uma qualidade maior?

Muito disso está no comportamento normal de uma empresa comprometida com a qualidade: profissionais competentes e muito investimento em pesquisa, desenvolvimento de tecnologias próprias, além de uma ótima relação comercial com os principais pilares.


Mas entendendo de fato o porquê da qualidade, se dá pelo fato da Dolby Labs desenvolver seus próprios formatos de áudio e os reprodutores exclusivos para a execução deste arquivo. Então não tem como converter um arquivo Dolby para outro formato, ou escutar um arquivo Dolby caso seu dispositivo não venha equipado com um decodificador Dolby. Ou seja, se não é pra ouvir certo, você não vai ouvir.

 
A primeira revolução dos ultimos 80 anos.

Visto que a Dolby Labs dispensa muitos floreios em relação à sua qualidade, vamos direto ao ponto, à noticia mais empolgante do século em relação ao áudio, enfim nossas preces foram atendidas e a Dolby agora fornece um arquivo exclusivo para o áudio, o DOLBY ATMOS MUSIC.


Voltando o discurso mais um pouquinho de forma histórica, o Dolby Atmos não é uma novidade de 2022, ele existe desde 2012 mas era presente em games, filmes, enfim, tudo que tinha um filme acontecendo.


Recentemente, depois de perceber o comportamento dos usuários do streaming, as tendencias de mercado, a evolução de dispositivos, a Dolby Labs resolveu se juntar ao Tidal em 2020 para desenvolver esse formato, ou essa possibilidade de reprodução de um arquivo Dolby Atmos somente para a música, por que só então, existia mais do que vontade de realizar esse feito, pois existiam tecnologias que a suportavam, e público em potencial com um número enorme de dispositivos que são capazes de reproduzir a qualidade sonora que a Dolby tanto preza.


Em 2021 foi lançado então através da Tidal, o Dolby Atmos MUSIC (repare que a caixa alta tem um propósito). O MUSIC é a diferença, e na minha opinião foi um erro de marketing, eles deveriam ter dado outro nome ao invés de acrescentar um adjetivo. Esse lançamento logo foi acompanhado pela Apple Music e pela Amazon Music.

A Apple também tentou emplacar um formato próprio, um nome próprio para o Dolby Atmos Music, o Spatial Sound, ofereceu esse plano com um acréscimo de preço de assinatura, mas logo seguiu o caminho da Amazon Music (atual líder do mercado de streaming em matéria de usuários premium), passou a utilizar o nome e o formato Dolby Atmos, e disponibilizou esse formato para todos os usuários, sem que seja necessário o incremento de um valor de assinatura.


A notícia foi rapidamente absorvida com muita empolgação pelos artistas internacionais, e artistas como Coldplay, Lizzo, Lady Gaga e muitos outros começaram a produzir materiais exclusivos para o formato Dolby Atmos, e assim, em pouco tempo mais e mais artistas foram produzindo, remixando e remasterizando seus acervos em Dolby Atmos, que hoje é enorme.


Muito disso é baseado na política de cobrança das segunda e terceira maiores empresas de streaming do mundo, sendo ainda a Amazon superior ao Spotify em quantidade de usuários premium (200 vs 176 milhões respectivamente) mas que juntas somam 276 milhões de usuários premium, que estão aptos para consumir o formato Dolby Atmos. Não tinha como dar errado, e assim o Dolby Atmos cresce e cresce.

 
Uma questão de tempo

No tempo que o streaming foi popularizado, em meados de 2015, a realidade era outra, a quantidade de dados disponível para internet móvel e fixa era baixa, estavamos em pleno lançamento do 3g, smartphones com poucos recursos, e a velocidade de streaming foi um fator determinante para a consolidação desse mercado. Fazia sentido escutar um arquivo em baixa qualidade mas em alta velocidade. Na verdade era uma revolução e tanto, quase tudo na palma da sua mão.


Mas os tempos mudaram, e a tecnologia evolui sempre a passos largos e em 2022, temos dispositivos poderosos, internets com largura de banda enormes, 5g batendo na porta e não faz mais sentido, ou vai perder o totalmente sentido em breve o serviço de streaming em baixa qualidade. Na verdade, qualquer serviço online de baixa qualidade está fadado ao fracasso!


Veja nesse vídeo a reação de algumas pessoas ao ouvir Dolby Atmos Music pela primeira vez:




 
Uma questão de respeito:

Gostaria de imputar uma opinião muito pessoal em relação à qualidade do streaming nos dias de hoje: é uma questão de respeito. Respeito ao trabalho do artista, que escolheu um estúdio específico para gravar seu trabalho, que por sua vez comprou instrumentos musicais para imprimir seus pensamentos, que por sua vez foram gravados com um certo tipo de microfone, em uma mesa de som com monitores de referência escolhidos pelo engenheiro de áudio que estudou muito para isso, para poder extrair da melhor forma possível a sonoridade de um artista, e que custou muito tempo e dinheiro; o produtor musical com a sua experiência e direção, aos músicos, ao roadie, ao vendedor de instrumentos musicais, ao fabricante dos equipamentos, ao diretor vocal, ao professor de música, aos profissionais de marketing, ao investimento pessoal ou dos empresários que custeiam tudo, e a uma cadeia enorme de profissionais, projetos, patentes existentes naquela música, para serem reproduzidos em um aplicativo estagnado na qualidade de serviço de 2015: o Spotify.


Também não podemos deixar de falar sobre o respeito ao usuário que paga por um serviço que não é atualizado a 8 anos em relação ao principal produto, o porquê do streaming de música existir: A MÚSICA.


Trazer novas tecnologias e aprimorar a reprodução de músicas no streaming na realidade atual, é obrigação das plataformas. Quem não fizer será superado. Pense comigo, qual é o tamanho do Spotify perto da Apple e da Amazon de maneira geral? Será que ele mantém a soberania oferecendo o pior repasse de direitos autorais e a pior qualidade de reprodução de áudio, enquanto duas gigantes estão oferecendo produtos de qualidade extrema pelo mesmo preço?


Acorda Spotify, ou na minha opinião sincera: abraço, faloooooww!


Escute mais um pouquinho do que é o Dolby Atmos Music:



 

No próximo post vamos conversar sobre a tecnologia por trás da dolby, sobre o binaural, psico-acústica, como funciona o streaming e distribuição de Dolby Atmos Music.


Mas eu não poderia ousar encerrar este post sem te mostrar um arquivo Dolby feito por nós, ou na verdade te dar um pequeno spoiler do que é o Dolby Atmos, visto que esse arquivo em uma renderização em binaural com 2 canais, enquanto o arquivo ADM-BWF (dolby atmos) contém meta data de até 128 canais de áudio (chamados de objetos) que tocam simultaneamente no app de streaming através da tecnologia Dolby que existe LÁ.


Vamos entender melhor isso nos próximos posts do blog. Por enquanto assista este vídeo com seus melhores fones de ouvido, tente acompanhar o movimento dos objetos pelo ambiente virtual, depois feche os olhos e escute novamente.


Apenas mais uma observação: antes de escutar a versão em Dolby Atmos Music, escute a versão em stereo. Se você começar pela Dolby Atmos você provavelmente vai achar a em stereo ruim! Depois de ouvir a Dolby Atmos volte e escute a stereo. Se quiser poste nos comentários o que você sentiu, o que achou, quais diferenças percebeu entre as versões e se você vai conseguir voltar a escutar música em stereo depois disso!


Versão em Stereo:


Versão em Dolby Atmos Music:



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